Uma máquina de inovação!
- Cícero Caiçara Junior

- 5 de dez. de 2020
- 3 min de leitura
AWS anuncia mais de três dezenas de novos serviços para acelerar a adoção da computação em nuvem. O CEO Andy Jassy contou todos os detalhes na abertura no re:Invent, maior evento de cloud computing do mercado.
Andy Jassy, CEO da Amazon Web Services (AWS), estava sozinho no grande palco instalado na sede da companhia, em Seattle. Virtualmente, no entanto, mais de 400 mil pessoas ao redor do mundo tinham se inscrito para acompanhar atentamente suas palavras na abertura da edição de 2020 do re:Invent, um dos principais eventos de inovação e tecnologia do mundo, realizada ontem.
O executivo foi direto ao ponto e mostrou todo o poder de fogo que a empresa de computação em nuvem nascida nos corredores da Amazon construiu desde a sua fundação, em 2006. Naquele ano, a computação em nuvem era pouco mais que um conceito, e estava longe de ser uma prioridade nas estratégias e orçamentos de boa parte das empresas. Mas a companhia, com a experiência de muitos anos desenvolvendo a tecnologia que suportava a maior loja virtual da internet, a Amazon.com, apostou no conceito e no poder de transformação da nuvem.
“Demoramos pouco mais de dez anos para chegar a uma receita anual de US$ 10 bilhões. Mais 23 meses para ir até US$ 20 bilhões e outros 13 para alcançar US$ 30 bilhões”, afirmou Jassy. “E, em outros 12 meses, superamos a marca de US$ 40 bilhões.”
Atualmente, a receita anualizada de US$ 46 bilhões e o crescimento ano a ano de 29%, reportados no terceiro trimestre de 2020, não são os únicos indicadores que atestam a relevância da AWS. Segundo a consultoria americana Gartner, a empresa é a líder no setor, com uma participação global de 45%, quase o triplo da segunda colocada no ranking.
Ao lado do pioneirismo, há um outro componente por trás desses números: um ritmo de inovação que, com o passar do tempo, vem se mostrando cada vez mais eficiente. E que não para.
Essa faceta ficou explícita na apresentação de Jassy. Em exatas três horas, o executivo anunciou mais de três dezenas de novidades no portfólio já extenso da companhia, com mais de 175 serviços. Com melhorias de preço e performance e no caminho da transformação digital, o pacote favorece o acesso das empresas a tecnologias e conceitos como machine learning, IoT e gestão e análise de dados.
As inovações estarão em diversos segmentos, como machine learning, IoT, migração de serviços, entre muitas outras.
Para Jassy, todo esse arsenal de novidades vai ao encontro de uma questão. “Das empresas da Fortune 500 nos anos 2000, apenas metade permanece na lista”, observou. “Os negócios precisam, com cada vez mais frequência, se reinventar.”
Na visão de Jassy, os pontos de partida dessa jornada devem ser o uso das tecnologias disponíveis e a construção de uma cultura de reinvenção. Nessa última frente, ele destacou pontos-chave, entre eles, o fato de que essa mudança deve ser patrocinada e incentivada pelas lideranças da companhia.
A combinação da necessidade de reinvenção com o portfólio de inovações tem, de fato, atraído cada vez mais clientes interessados na adoção das soluções desenvolvidas pela AWS. E a América Latina, em particular, o Brasil, tem bons exemplos dessa movimentação.
Aqui citamos Itaú e Mercado Livre , dois grandes players que investem pesado em nuvem e machine learning.
Os exemplos de Itaú Unibanco e Mercado Livre, que se destacam em seus segmentos, mas que, ao mesmo tempo, estão se movimentando em busca de longevidade, devem servir de inspiração para outras companhias. “As empresas que ainda não estão se reinventando vão ficar para trás”, afirmou Jassy.
Fonte: neofeed.





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